• Podridão do fruto

Essa doença afeta principalmente o fruto, sendo possível encontrar o patógeno infectando folhas, flores e ramos, porém sem ocasionar danos à cultura

Agente etiológico 

Colletotrichum gloesporioides

Sintomas

Os sintomas nas folhas se caracterizam por manchas necróticas de coloração escura, com o formato irregular e bordos definidos, a presença do patógeno pode ocorrer também em ramos, causando necroses e seca dos ramos e dos ponteiros.
As lesões no fruto tendem a evoluir atingindo parte do fruto ou necrosando-o completamente. As necroses ultrapassam a casca e alcançam a polpa do fruto. Uma vez dentro do fruto ocorre o escurecimento da polpa.

Sinais

Epidemiologia

Essa doença necessita da presença de água livre para que ocorra a germinação e infecção, sendo a faixa ideal de temperatura para crescimento 22º e 27°C

Controle

O controle deve ser realizado através de adubações e técnicas de manejo adequadas. A realização de podas e queima de material doente devem ser realizadas no mínimo anualmente para controlar a quantidade de fonte de inoculo da doença. Já nos frutos é necessário evitar ferimentos nos frutos na operação de colheita e na de pós-colheita. 

• Fusariose

Agente etiológico 

Fusarium sp.

Sintomas

Os sintomas incluem murcha das folhas, especialmente durante o dia, com recuperação da turgidez à noite, mas posteriormente a murcha se torna permanente. Ocorre o amarelecimento das folhas, iniciando pelas folhas mais velhas, surgindo manchas escuras ou necrosadas, principalmente nas margens. Pode ocorrer o comprometimento das raízes, tornando-as escurecidas e entrando em decomposição, em composições severas ocorre a senescência da planta. 

Sinais

Epidemiologia

São frequentemente mais evidentes em condições de estresse da planta, como alta umidade, encharcamento e temperaturas elevadas.

Controle

É indicado a utilização de variedades resistentes e a rotação de culturas. 

• Ferrugem do algodoeiro

É conhecida também como ferrugem “Tropical” do Algodoeiro.

Agente etiológico

Phakopsora gossypii

Sintoma

Os primeiros sintomas são caracterizados por pequenas lesões de coloração escura que surgem na face superior da folha. É comum, a ocorrência de um halo de cor púrpura circundando as lesões. Completado o período de latência, surgem as pústulas na face inferior das folhas. São pequenas, de formato circular, e coloração inicialmente amarelo pálido tornando-se castanha. As pústulas se desenvolvem abaixo da epiderme da folha e quando atingem a maturação, a epiderme é rompida e os uredósporos são liberados.
 

Sinal

Epidemiologia

A ocorrência da doença é durante estações de estiagem em plantios irrigados ou após chuvas seguidas de longos períodos secos. O desenvolvimento da doença parece ser favorecido por grandes amplitudes de temperaturas diurnas e prolongados períodos de molhamento foliar.
 

Controle

Para o manejo é necessário o plantio de cultivares resistentes e cultivares precoces para evitar o período de chuva prolongada em determinada época do ano, antecedendo assim a colheita. Quando já presente em campo é necessário a pulverização.

• Antracnose da bananeira

Doença que afeta o fruto principalmente na pós-colheita e em pré-colheita, parte da infecção ocorre em frutos verdes no campo, assim permanecendo “parada” até o início da maturação.

Agente etiológico 

Colletotrichum musae

Sintomas

A doença se caracteriza pela formação de lesões escuras e deprimidas, em condições de alta umidade é possível ver frutificações do fungo a olho nu, pequenas pontuações em tons rosados. Com o progresso da doença, as lesões aumentam de tamanho, sendo possível até coalescer. 

Sinal

Epidemiologia

Os conídios sobre frutos verdes em presença de um filme de água germinam e formam o apressório dentro de 4h. A penetração ocorre entre 24 h a 72 h. A infecção permanece quiescente até o início da maturação dos frutos, os sintomas se iniciam e se desenvolvem. 

Controle

O transporte em condições refrigeradas e embalagens modernas têm contribuído com o controle pós-colheita mas as medidas devem se iniciar ainda em campo, é necessário a eliminação de folhas velhas, brácteas e restos florais, são locais onde o fungo geralmente se fazem presente e pode servir de depósito de colônia. A limpeza e desinfestação dos tanques de despencamento e lavagem pós uso pode ser uma medida eficaz de controle. A imersão ou pulverização de defensivos é uma medida que pode ser adotada para a previa resolução. 

• Mancha aureolada

Trata-se de uma doença bacteriana que impacta predominantemente as culturas em regiões mais frias do país, sem provocar inconvenientes significativos em áreas de clima mais quente.

Agente etiológico 

Pseudomonas syringae pv. garcae

Sintomas

Os sintomas manifestam-se nas folhas, frutos novos, rosetas e ramos do cafeeiro. Nas folhas, ocorrem lesões necróticas circundadas por um halo amarelado, sendo estas mais frequentes nas bordas. Com a coalescência dos halos amarelados, formam-se extensas áreas necrosadas, culminando na queda prematura das folhas. O patógeno também afeta os ramos, ocasionando a requeima, e os frutos novos na fase de chumbinho, provocando necrose.

Epidemiologia

Esta doença  afeta principalmente as folhas em desenvolvimento. Os sintomas são mais comuns em plantas jovens e em folhas novas de plantas adultas. A doença ocorre predominantemente em períodos frios, quando a queda de temperatura está associada à chuva fina.

Controle

O controle da mancha aureolada deve ser iniciado já na fase de viveiro, com a seleção criteriosa do local de instalação, que deve ser protegido contra ventos frios. Em nível de campo, o controle deve ser preventivo, implementando quebra-ventos durante a fase de formação da lavoura.

• Ferrugem

Agente etiológico 

Hemileia vastatrix 

Dois tipos de ferrugem podem acometer o cafeeiro: a ferrugem farinhosa e a ferrugem alaranjada. Essas doenças têm se constituído no principal desafio para a cultura do café em todas as regiões do mundo onde este é cultivado.

Sintomas

Trata-se de uma doença foliar que, inicialmente, causa manchas cloróticas translúcidas na face inferior do limbo foliar. Nessa mesma face, desenvolvem-se massas pulverulentas de coloração amarelo-laranja, formadas por uredósporos do patógeno que, ao coalescem, podem cobrir grande parte do limbo. Na superfície superior da folha, surgem áreas descoloridas, de tonalidade amarelada, correspondendo às regiões infectadas na face inferior. Posteriormente, as lesões aumentam de tamanho, deixando no seu centro uma área necrótica, onde a esporulação diminui, com a produção de esporos mais esbranquiçados e de menor viabilidade, cessando eventualmente.

Sinal

Epidemiologia

A disseminação ocorre pela ação do vento, gotas de chuva, pelo escorrimento de água das margens do limbo da superfície inferior, pelo homem, durante a execução de tratos culturais. A água é o mais eficiente agente de disseminação local, uma gota passando em uma lesão liberta imediatamente os esporos, assim sendo levados por meio de respingos para diferentes direções. Já a disseminação a longa distância é realizada pelo homem e pelo vento.

Controle

O controle é realizado por meio do emprego de variedades resistentes à ferrugem. Os meses de janeiro a março/abril são, portanto, os períodos críticos e mais importantes para o controle, durante os quais a realização de pulverizações torna-se essencial.

• Cercosporiose ou olho de pombo

Essa doença é também conhecida por diversos nomes, incluindo olho pardo, olho de pombo, mancha circular, mancha parda ou olho pardo.

Agente etiológico 

Cercospora coffeicola 

Sintomas

Causa desfolha, reduz a produção e causa prejuízo à qualidade do café. Os primeiros sintomas manifestam-se como manchas circulares, de coloração parda-clara ou marrom-escura, com centro branco- acinzentado. Em estádio mais avançado, é possível observar pequenas pontuações pretas no centro da lesão, são estruturas de frutificação do fungo. Nos frutos, à medida que as manchas envelhecem, assumem um aspecto ressecado e escuro, fazendo com que a casca, nessa parte, fique aderente à semente, ataques mais severos causam seu chocamento. 

Sinal

Epidemiologia

As condições para a esporulação são umidade relativa alta e temperatura amena. A disseminação é promovida por vento, água ou insetos. Condições de baixas temperaturas, alta umidade, encharcamento do solo, ventos frios e insolação intensa, baixo estado nutricional, favorecem o aparecimento e maior intensidade da doença. 

Controle

Deve- se iniciar o controle da doença com cuidados na formação das mudas, evitando condições favoráveis à doença através de práticas culturais, como formação de viveiros em locais bem drenado e arejado, nutrir as mudas, boa propriedade física do solo, controle da irrigação e insolação excessiva nas mudas. Em lavouras mais velhas, o controle é com pulverização de defensivos químicos e biológicos.

• Rhizoctoniose

Também conhecida como tombamento, mal do colo e podridão do colo, é de grande importância econômica em sementeiras e viveiros, reduzindo o número e o vigor das mudas. Pode afetar as mudas até um ano após o plantio em campo, atrasando o desenvolvimento normal das plantas.

Agente etiológico 

Thanatephorus cucumeris 

Sintomas

O ataque em pré-emergência ocasiona a morte da plântula antes mesmo de atingir a superfície do solo. Em canteiros, observam-se falhas, em reboleiras, evidenciando o desenvolvimento anormal da germinação. Em pós-emergência, os sintomas principais aparecem na região do cause, próximo ao solo, lesões que circundam o caule, promovendo o estrangulamento e paralisação da circulação de seiva, causando murcha e posterior morte da muda. Em mudas no campo, principalmente em mudas as quais as lesões haviam regredido no viveiro, durante a estação das chuvas, a lesão volta a se desenvolver, formando uma cicatriz na parte superior, como um calo, o que leva a muda a quebrar-se facilmente.

Sinal

Epidemiologia

O aparecimento dessa doença é favorecido por solos infectados, pela reutilização de sementeiras infectadas, pelo excesso de umidade, má drenagem, excesso de sombra no viveiro. No campo, o ataque é intenso durante a primavera e verão, devido à abundância de altas temperaturas e chuvas.

Controle

Evitar excesso de umidade e sombra nas sementeiras, desinfestar substratos e os leitos de areia. Quando já se tem o tombamento, deve-se imediatamente suspender a irrigação, isolar as reboleiras e, no caso de sementeiras, eliminar toda a área afetada. O controle pode ser químico ou biológico. 

• Antracnose

Agente etiológico 

Colletotrichum coffeanum 

Sintomas

Todas as partes da planta podem ser atacadas pelo patógeno, habitualmente coloniza o tecido externo. No entanto, flores e frutos novos, e os frutos maduros são os mais sensíveis ao ataque do patógeno. Os frutos quando ainda verdes apresentam manchas necróticas escuras, ligeiramente deprimidas em qualquer região do fruto. A doença manifesta-se nas folhas como manchas irregulares, necróticas, grandes e cinzas, ocorrendo comumente próximas às margens.

Sinais

Epidemiologia

A altitude, influencia a maior ou menor ocorrência da antracnose, está correlacionada às precipitações e à temperatura. Em regiões altas a ocorrência é maior pela maior ocorrência de chuva e condições térmicas e temperaturas mais favoráveis durante o dia, em regiões mais baixas, a elevação e a queda de temperaturas são mais rápidas, assim não sendo tão favoráveis.

Controle

O controle é por pulverização de defensivos químicos e o plantio de variedades resistentes. 

• Fusariose 

Conhecida também como cancro dos ramos e murcha de fusário é uma doença que ainda não se tem manejo para a erradicação da doença.

Agente etiológico 

Fusarium spp.

Sintomas

No campo de café, é possível notar inicialmente a murcha das folhas, perdendo sua rigidez característica. Gradualmente, ocorre o amarelecimento das folhas. Conforme a infecção avança, as bordas das folhas começam a apresentar sinais de necrose. Esse processo leva eventualmente à queda prematura das folhas, consequentemente dos gravetos e assim secando a planta, sua aparência remete a uma queima. No caule é possível observar os cancros, internamente ocorre o escurecimento dos vasos condutores da planta. 

Sinais

Epidemiologia

O patógeno pode persistir no solo por longos períodos, sendo disseminado por meio de sementes infectadas, água de irrigação contaminada e outros meios. As condições ambientais favoráveis, como temperaturas amenas a quentes e alta umidade relativa, contribuem para a propagação do fungo e o desenvolvimento da infecção nas plantas. A suscetibilidade das plantas também desempenha um papel importante. Certas variedades podem ser mais propensas à infecção do que outras, enquanto plantas estressadas devido a condições adversas, como seca ou excesso de umidade, são mais vulneráveis. Além disso, práticas de manejo agrícola inadequadas, como plantio denso, uso de mudas infectadas e manejo inadequado da irrigação, podem aumentar a incidência e a gravidade da fusariose.

Controle

O controle pode começar com a seleção de variedades menos suscetíveis à doença, adoção de práticas de manejo adequadas, local com boa drenagem, boa irrigação a fim de evitar estresses térmicos nas plantas. O controle de plantas invasoras contribui para prevenir a introdução e propagação da doença. O monitoramento regular das plantações é essencial para detectar precocemente os sinais de infecção e implementar medidas de controle apropriadas.

• Phoma

Conhecida também como mancha de Phoma ou olho pardo nas folhas. 

Agente etiológico 

Phoma spp.

Sintomas

Os sintomas dessa doença são as manchas foliares de cor marrom-escura ou preta, frequentemente circulares ou irregulares, que começam de forma pequena e se expandem conforme a doença progride. Com o avanço da doença ocorre a necrose das folhas onde havia mancha, essas folhas afetadas murcham e eventualmente caem da planta. Além das manchas nas folhas, pode ser visto nos frutos também, manchas escuras ou necróticas. Em estágios avançados nos frutos pode desenvolver a podridão, tornando-se murchos, escuros e impróprios para a colheita. 

Sinais

Epidemiologia

As condições favoráveis para se desenvolver são em ambientes com temperatura moderada e umidade relativa elevada. Essas condições são propícias para a produção e dispersão dos esporos do fungo, que são transportados pelo vento, água da chuva e até mesmo por insetos e animais, disseminando a doença entre as plantas.

Controle

As medidas de controle eficazes incluem o manejo adequado da cultura, práticas de irrigação adequadas e, em casos graves, o uso de fungicidas específicos.

• Podridão da semente

É um dos fungos responsáveis pela produção de micotoxinas em grãos armazenados, no café pode influenciar negativamente no sabor do café.

Agente etiológico 

Aspergillus spp.

Sintomas

Sinais

Epidemiologia

A produção das micotoxinas em grãos armazenados podem ser produzidas a baixas temperaturas, a produção ocorre mesmo sob o efeito de choque térmico, no caso de alternância das temperaturas, principalmente a diurna e a noturna.

Controle

Utilização de cultivares mais resistentes aos fungos, realização de rotação de cultura com espécies não suscetíveis, evitar o adensamento das plantas, controle de pragas que atacam os frutos.

• Mancha alvo

O patógeno é cosmopolita e encontra-se em todas as regiões agrícolas do Brasil.

Agente etiológico 

Corynespora cassiicola

Sintomas

Caracterizada por leões que se iniciam por pontuações pardas, com halo amarelado, posteriormente evoluindo para grandes manchas circulares de coloração castanho-claro a castanho-escuro. Essas manchas apresentam pontuações no centro e anéis concêntricos de coloração mais escura.

Sinais

Epidemiologia

O fungo sobrevive em sementes infectadas, restos culturais de soja e em diversos tipos de resíduos vegetais, além disso, temperaturas do solo de 15 a 18°C também favorecem o estabelecimento da doença. 

Controle

O controle químico é economicamente viável em viveiros e jardins clonais, aplicando-se de preferência na estação chuvosa, assim que sejam observados os primeiros sintomas. 

• Antracnose da cana-de-açúcar

Conhecida popularmente também por podridão vermelha, doença de grande importância produtiva e econômica para a cultura.

Agente etiológico 

Colletotrichum falcatum

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar de diferentes formas, sendo a principal e mais comum a degradação dos colmos das plantas, as lesões internas nos colmos, após a fase de brotação, apresentam-se com uma coloração vermelha evoluindo para marrom-claro nas infecções mais avançadas. Se manifestando apenas interiormente, assim, passando despercebida e podendo chegar a causar enorme dano sem seu rastreio. 

Sinais

Epidemiologia

Fontes de inóculo primário, que podem ser folhas e outros detritos sobre os quais o fungo cresce de forma saprófita é a principal forma de transmissão. Os fatores que colaboram para a incidência desta doença, como através do cultivo contínuo de uma mesma variedade de cana-de-açúcar em uma área, do cultivo de variedades suscetíveis a este patógeno e do crescimento tardio da planta decorrente de um manejo inadequado.

Controle

O método de controle mais eficiente é o uso de variedades resistentes, mas algumas práticas como eliminação dos restos da cultura, controle da broca-da-cana e plantio de mudas de boa qualidade podem diminuir a incidência.

• Fusariose do feijão

Também conhecida como amarelecimento de fusarium, se tornou uma doença importante em algumas regiões do Brasil devido ao plantio sucessivo do feijão. 

Agente etiológico

Fusarium oxysporum 

Sintomas

A penetração ocorre pelo sistema radicular, causando descoloração dos vasos. O sintoma reflexo é o amarelecimento progressivo das folhas, das inferiores para as superiores. Quando o ataque ocorre quando ainda jovens, observa-se nanismo e redução do desenvolvimento. Quando a infecção é severa ocorre a seca da planta e posterior morte.

Sinal

Epidemiologia

Temperaturas ao redor de 20 °C, sua disseminação de um campo para o outro é através de sementes contaminadas, como esporo aderido à superfície da mesma, pode ser feito também através de vento, irrigação, que transportam partículas de solo infestado e conídios produzidos sobre a planta morta. 

Controle

Recomenda-se o tratamento das sementes antes do plantio, evitar a utilização de máquinas e ferramentas que venham de áreas infestadas e a utilização de variedades resistentes.

• Fusariose do gengibre

Também conhecido como amarelo ou murcha de fusarium.

Agente etiológico 

Fusarium oxysporum f. sp. Zingiberi

Sintomas

Os sintomas se caracterizam por um amarelecimento nas folhas inferiores e murcha da planta. Nos rizomas apresentam escurecimento do sistema vascular e a podridão cortical que avança em forma de depressão no rizoma. 

Sinais

Epidemiologia

O patógeno é disseminado por meio de rizomas infectados. Depois de introduzido na área, o fungo pode sobreviver por muitos anos e dificilmente a erradicação é obtida.

Controle

Uma das alternativas para o manejo de patógenos veiculados pelo solo é o uso de fontes de matéria orgânica. O método químico é dificultado devido a pouca eficiência dos fungicidas para o controle da doença e à ausência de produtos registrados para a cultura.

• Mancha da folha e do caule 

De ocorrência em regiões subtropicais e tropicais, a severidade da doença depende do estádio de crescimento da planta e das condições ambientais.

Agente etiológico

Alternaria sesani

Sintomas

Plantas jovens e plântulas podem morrer apresentando um “damping- off” de pré- emergência e pós-emergência. As plântulas podem apresentar estrias longitudinais, de cor castanho-claro, podendo murchar e secar. A doença de forma severa pode acarretar na morte da planta em um curto período de tempo, a partir do aparecimento dos sintomas. Ataques pouco agressivos podem ocasionar a desfolha. As cápsulas afetadas, mostram-se de coloração castanho-palha, secando prematuramente. As folhas, flores e frutos são afetados, consequentemente reduzindo a produção de sementes.
 

Sinais

Epidemiologia

Esse fungo sobrevive em sementes, podendo colonizá-las internamente, sendo encontrado também em cápsulas infectadas. Excesso de chuva favorece o desenvolvimento da doença. 

Controle

O uso de variedades resistentes e pulverização química ou biológica. 

• Antracnose da goiaba

Também conhecido como mancha chocolate da goiabeira, é uma doença secundária, sendo problema em cultivos de goiaba para a indústria e em palmares mal conduzidos. A doença é importante em condições de produção onde se utilizam sacos de papel ou plástico para proteção dos frutos, gerando uma câmara úmida artificial, favorável ao patógeno. 

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporioides

Sintomas

Os sintomas nas folhas e frutos são caracterizados por áreas de formato mais ou menos circulares e de coloração escura. Em condições de umidade elevada é possível observar sinais do patógeno de coloração alaranjada, que corresponde a um aglomerado de conídios. Nos frutos, onde os sintomas são mais severos, pode-se observar o surgimento de pequenas manchas circulares de coloração marrom, que aumenta de tamanho e se tornam deprimidas, essas mesmas lesões podem coalescer, formando uma grande mancha de formato irregular. Os frutos também podem apresentar sintomas de podridão, podendo ocorrer escurecimento a partir do pedúnculo, que pode atingir a fruta por completo em decorrência da penetração do patógeno pelo botão floral. 
 

Sinais

Epidemiologia

A penetração do fungo pode ocorrer via ferimentos, em especial em frutos. A temperatura ideal para que ocorra a infecção situa-se entre 22°C e 25°C. Em geral, a podridão dos frutos processa-se em frutos maduros. 

Controle

Realiza-se medidas culturais de poda e plantio em espaçamentos que permitam um bom arejamento de todas as plantas. Deve-se evitar a cobertura dos frutos com sacos de papel ou plástico. Manter a manutenção das condições de limpeza das plantas, com podas de todos os ramos com sintomas de pragas e ou doenças, limpeza do pomar e queima imediata dos resíduos, além de aplicação de fungicidas. 

• Antracnose

A antracnose é importante em localidades onde o verão é quente e chuvoso, condições que favorecem a disseminação e a infecção do fungo. Ataca diversas culturas, como abacateiro, berinjela, cafeeiro, cajuzeiro, caquizeiro, citros, macieira, mangueira e videira.

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporioides

Sintomas

Inicialmente ocorre manchas foliares pardo avermelhadas que se estendem por todo o fruto, em seguida, pontuações escuras, pouco salientes, são acérvulos do fungo, aparecem também nos frutos.

Sinais

Epidemiologia

Locais onde o verão é quente e chuvoso, são locais onde as condições favorecem a disseminação e a infecção do fungo.

Controle

O controle da doença deve incluir práticas de remoção e queima dos frutos mumificados e das partes podadas no inverno, com o objetivo de reduzir o inóculo inicial. Em anos com verões úmidos deve-se pulverizar a cultura, com reaplicação de acordo com o fungicida utilizado.

• Ferrugem do jambo

Doença de grande importância, podendo causar, em ataques intensos, perdas na ordem de 80 a 100% dos frutos.

Agente etiológico 

Puccinia psidii

Sintomas

Ataca indistintamente todos os tecidos novos da planta em desenvolvimento. Em plantas já adultas, inicialmente aparecem pequenas pontuações amareladas e necróticas, que evoluem para manchas circulares, cobertas por uma densa e pulverulenta massa, de coloração amarela-viva. Com o tempo, essa massa de uredosporos some e permanece somente a área necrótica e seca. 

Sinais

Epidemiologia

O processo de infecção por parte do fungo ocorre em geral através dos urediniósporos, que necessitam condições de escuro, umidade relativa maior ou igual a 90% e temperaturas entre 18 e 25 ºC, após a infecção, as condições de umidade relativa não são mais necessárias e a temperatura ideal situa-se entre 20 e 25 ºC.

Ocorre com maior frequência durante o período chuvoso e próximo ou durante o florescimento e frutificação da planta. Em campo, é disseminado facilmente pelo vento e pela água de irrigação. A introdução do fungo em áreas livres da doença se dá através de sementes contaminadas. 

Controle

Promover um melhor arejamento e insolação do pomar através de podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença. O controle pode ser por pulverizações de defensivos químicos.

• Cladosporiose

Patógeno contaminantes comuns das sementes de diversas culturas. Considerada uma cultura secundaria e de baixa ocorrência. 

Agente etiológico 

Cladosporium spp.

Sintomas

Os sintomas incluem o aparecimento de manchas foliares, que são escuros ou necróticos, e podem levar à murcha das plantas, resultando em um aspecto ruim. Além disso, os frutos podem apresentar manchas escuras, que podem evoluir para a podridão. Essa infecção também causa uma redução na quantidade e qualidade da colheita. 

Sinais

Epidemiologia

O fungo prospera em condições de alta umidade e temperaturas moderadas.

Controle

Deve-se planejar a semeadura visando evitar a coincidência do período da colheita com o período mais chuvoso, manter um espaçamento maior entre as plantas a fim de evitar alta umidade dentro da lavoura.

• Podridão parda

Doença é muito importante em plantações localizadas na região litorânea brasileira. Presente em quase todas as regiões produtoras de citros do mundo.

Agente etiológico 

Phytophthora citrophthora

Sintomas

Provoca a formação de cancros no caule e nos frutos, afetando significamente a produção. Os primeiros sintomas são lesões pequenas, arredondadas e de coloração castanho-escura. Com a evolução da doença, as lesões aumentam de tamanho, tornam-se elípticas, adquirem coloração castanha e consistência firme. 
Após a infecção dos frutos, o fungo penetra nas sementes, as quais ficam inutilizadas para uso industrial.

Sinais

(Fonte: https://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=5411428)

Epidemiologia

Os solos pesados, rasos e com problemas de drenagem são mais favoráveis para a doença, por serem mais sujeitos ao encharcamento durante os períodos de chuvas prolongadas, condições que favorecem a produção e a dispersão das principais estruturas de reprodução. 

Controle

A utilização de plantas resistentes é o melhor método de controle. Recomenda-se evitar o adensamento de árvores e os ferimentos nas raízes e troncos. Os pomares devem estar localizados em áreas de boa drenagem e sempre utilizar mudas de boa qualidade e isentas do patógeno.

• Camurça 

Esse fungo mantém uma relação simbiótica com a cochonilha, protegendo-a contra inimigos naturais.

Agente etiológico 

Septobasidium sp.

Sintomas

O fungo cresce nos ramos onde há presença de cochonilhas, formando uma estrutura sobre as colônias de cochonilhas, que lembram feltro ou camurça, que com o tempo pode apresentar rachaduras. A coloração dessa estrutura pode ser acinzentada, cinza, cinza com margem clara, amarronzada ou parda. Ataques severos de feltro podem levar a morte de ramos, já que dificulta o controle das cochonilhas, que suga a seiva dos ramos, podendo causar sua morte.

Sinais

(Fonte: https://www.infectario.ufv.br/doencas-do-limao-taiti/)

Epidemiologia

A disseminação ocorre quando o fungo esporula durante o verão, coincidindo com a fase reprodutivas das cochonilhas. As ninfas que conseguem migrar de planta ou ramo são as responsáveis pela disseminação.

Controle

Bom controle das cochonilhas seria suficiente para impedir o seu estabelecimento no pomar. Portanto, um bom manejo fitossanitário das principais pragas e doenças resolveria o problema. Outro método de controle é pulverizando e cobrindo bem as partes, pode auxiliar no controle do feltro. Entretanto, a medida mais efetiva é fazer um bom manejo integrado para o controle das cochonilhas.

• Antracnose do mamoeiro

É a principal doença pós-colheita do mamão. Seus danos são provocados nos frutos, ainda nas plantas, ou após a colheita. Ataca diversas outras culturas.  

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporiodes

Sintomas

O fungo provoca uma lesão circular, deprimida, com margem marrom-clara, produzindo esporos de cor alaranjada ou rosada. O tecido interno da área do fruto infectado se torna firme, com uma descoloração branco-acinzentada que progride para o marrom. Uma camada de proteção pode ser formada, permitindo que a parte afetada fique livre da superfície do fruto. À medida que ocorre o amadurecimento do fruto, outro tipo de infecção ocasiona no início lesões, pequenas, irregulares, marrons, superficiais ou deprimidas e com as margens encharcadas.

Sinais

Epidemiologia

As condições ambientais que favorecem o patógeno são alta temperatura e alta umidade. Ambiente com água livre são condições para os esporos germinarem.

Controle

O controle da antracnose deve incluir práticas de remoção e queima dos frutos mumificados e das partes podadas no inverno, com o objetivo de reduzir o inóculo inicial. Em anos com verões úmidos deve-se pulverizar a cultura, com reaplicação de acordo com o fungicida utilizado.

• Fusarium do mamoeiro

Várias espécies de Fusarium aparecem em lesões de mamões, sendo o mais comum o Fusarium solani. 

Agente etiológico 

Fusarium sp. 

Sintomas

Os sintomas são manchas pequenas e secas na superfície do fruto, posteriormente tornando-se mais tarde cobertas por um compacto micélio branco. É um patógeno secundário e geralmente está associado a leões de Colletotrichum sp.

Sinais

Epidemiologia

Este fungo geralmente manifesta-se somente quando o fruto começa a amadurecer, progredindo com a elevação da temperatura.

Controle

Plantio de cultivares resistentes é o método mais eficiente de controle. Adubação equilibrada, principalmente com potássio, densidade de plantio adequada e colheita na hora apropriada minimizam os danos provocados por estes fungos.

• Pinta preta do mamoeiro

Essa doença é também conhecida como varíola do mamoeiro é uma das doenças mais observadas em locais mal conduzidos e em plantios de fundo de quintal ou chácaras. 

Agente etiológico 

Asperisporium caricae

Sintomas

O desenvolvimento da planta, principalmente as mais novas, pode ser afetado quando a incidência  da doença for muito elevada. Nos frutos, inicialmente, aparecem áreas circulares encharcadas, que evoluem para pústulas marrons e salientes. Essas lesões não atingem a polpa do fruto, causando apenas um endurecimento da casca na parte afetada, aparecendo manchas marrons, circundadas de halos cloróticos. A frutificação do fungo, pulverulenta e escura, ocorre na página inferior da folha, dando à mancha um aspecto cinzento a preto.

Sinais

Epidemiologia

Os esporos são disseminados pelo vento a longas distâncias. Respingos de chuvas e água de orvalho também contribuem para a disseminação. 

Controle

Geralmente não há necessidade de pulverização específicas contra este patógeno em campos comerciais de produção, as medidas que se adotam no pós-colheita já são suficientes para o controle desse patógeno.

• Antracnose do maracujazeiro 

É encontrada em todas regiões produtoras de maracujá no Brasil. É uma doença de grande importância por atacar a parte aérea das plantas em qualquer idade.

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporioides

Sintomas

Nas folhas o sintoma apresenta-se em forma de manchas com aparência oleosa, que evoluem em tamanho, adquirindo uma cor parda com bordos pardo-escuros. Com a coalescência de lesões, formam-se grandes áreas de tecidos necrosados, apresentando rachaduras e intensa queda de folhas. 
Já nos ramos, as manchas iniciais tem aspecto oleoso, evoluem formando cancros que expõem os tecidos do lenho. Quando as lesões circundam os ramos, acarretam a morte das partes acima da área afetada, ocorrendo a queda de folhas e morte dos ponteiros.
Nos frutos jovens, as manchas passam a aparência oleosa para a pardacenta, com a formação de tecido corticoso, deprimido e murcho. Nos frutos maduros, verificam-se manchas deprimidas de coloração escura que afeta a polpa, lembrando a podridão mole.

Sinais

Epidemiologia

A sobrevivência se dá em restos de cultura e em tecidos afetados na própria planta, fazendo com que a doença seja mais frequente e severa em uma determinada área a partir do segundo ano de cultivo. A ocorrência de epidemia é favorecida por alta umidade, especialmente com chuvas frequentes e abundantes e temperatura média entre 26 e 28 ºC. Quando em condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, os sinais do patógeno são facilmente visíveis sobre as áreas afetadas na forma de pontuações, mais ou menos concêntricas, constituídas pelas frutificações do fungo. 

Controle

As principais medidas de controle incluem o uso de mudas produzidas em sementeiras localizadas onde não ocorra a doença, eliminação de restos culturais, incluindo folhas e frutos caídos, ramos e plantas mortas e controle utilizando defensivos. 

• Fusariose do maracujá

Essa doença é capaz de causar destruição em plantios, importante doença pelo fato da sua incidência causar inevitavelmente a morte da planta, sem que haja um controle curativo.

Agente etiológico 

Fusarium oxysporum

Sintomas

Os sintomas mais característicos são murcha repentina, colapso e morte, verificados em qualquer fase de desenvolvimento vegetal. As plantas jovens apresentam, inicialmente uma mudança de coloração da folhagem, de verde-brilhante para um verde-pálido, pode ocorrer queda das folhas mais velhas. Já nas plantas adultas o início da infecção é caracterizado pelo amarelecimento das folhas mais novas. Quando é  na fase da frutificação a infecção, os frutos verdes murcham, enquanto que os já coloridos podem amadurecer normalmente. 
Os sintomas internos podem ser visualizados por corte transversal ou longitudinal, onde observa-se escurecimento ou avermelhamento dos vasos do xilema, que se tornam impermeabilizados e assim ocorre o impedimento do transporte da seiva para os outros tecidos.  

Sinais

Epidemiologia

As condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, altas temperaturas e umidades relativas e solos ácidos, argilosos, mal drenados e infestados de nematóides. 

Controle

Recomenda-se evitar o plantio em áreas ricas em matéria orgânica e mal drenadas; plantar linhagens resistentes. Recomenda-se também tratar o solo das sementeiras e controlar plantas invasoras e nematóides. Uma vez instalada a doença, recomenda-se a erradicação dos maracujazeiros afetados, que deve ser realizada sem a movimentação do solo ou da água na área infestada.

• Mofo verde

É uma doença de pós-colheita que afeta frutas cítricas, como a laranja e a mexerica.

Agente etiológico 

Penicillium digitatum

Sintomas

O primeiro sintoma observado é a redução do número de plantas emergidas no campo. As causas desta redução podem estar associadas as podridões de sementes, ocorre a destruição o embrião. Na pós-colheita ocorre o crescimento de micélios da coloração verde por cima da fruta, tornando-a inapta a ser consumida por conta da contaminação da polpa. 
 

Sinais

Epidemiologia

Esse patógeno se desenvolve melhor entre 20ºC e 25ºC, em temperaturas mais altas podem limitar seu crescimento, mas não anular. Altos níveis de umidade favorecem a produção de esporo e infecções.

Controle

O uso de medidas integradas de controle é a recomendação mais eficiente para amenizar os danos causados por estes patógenos. O plantio de sementes sadias, protegidas com fungicidas, em locais com temperatura do solo acima de 15ºC, semeadas numa profundidade ideal, são medidas recomendadas. Uso de cultivares que apresentam uma melhor capacidade de estabelecimento de plântulas é o recomendado. Além da sanidade, sementes de boa qualidade física e fisiológica são recomendadas.

• Antracnose do pimenteiro 

Essa doença não causa perdas de produção em plantas adultas. É uma doença comum em pimentas. 

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporioides

Sintomas

São observadas em lesões necróticas nas ápices das folhas, na mesma região que ocorre a queima do tecido nos ápices das folhas. A necrose avança sobre os tecidos em forma de anéis concêntricos, a região limítrofe entre a lesão e o tecido sadio apresentando-se amarelada. Pode haver, também, infecção da base do pedúnculo floral, causando a queima das espigas. 
 

Sinais

Epidemiologia

A ocorrência da doença se dá em períodos de tempo mais secos e geralmente ocorre em associação com deficiência de potássio nas pimenteiras. 

Controle

Em plantas adultas não é necessário adotar medidas de controle, no geral, as plantas afetadas são recuperadas com a correção da deficiência de potássio ou com a chegada do período chuvoso.

• Fusariose 

Conhecida também por podridão das raízes. É a doença que mais causa prejuízos a cultura da pimenta do reino. 

Agente etiológico 

Fusarium sp.

Sintomas

A infecção inicia-se pelas raízes mais jovens e raízes secundárias em plantas com mais de dois anos de idade, o  patógeno inicialmente coloniza os tecidos das raízes, com o apodrecimento progressivo do sistema radicular os sintomas reflexos começam a se manifestar na parte aérea das pimenteiras. Como o amarelecimento e murcha das folhas.

Sinais

Epidemiologia

Períodos chuvosos favorecem a multiplicação do patógeno e o avanço da colonização dos tecidos das raízes. 

Controle

Não há defensivo que permita recuperar uma pimenteira com podridão das raízes. Assim, ao aparecerem plantas com sintomas, recomenda-se tirá-las e queimá-las fora da plantação, para que não aumente a disseminação do patógeno no solo, facilitando sua disseminação para outras plantas vizinhas.

• Antracnose da pinha

Agente etiológico 

Colletotrichum gloeosporioides 

Sintomas

Os sintomas são manchas escuras ou lesões nas folhas, a desfolha prematura, onde lesões necróticas ou áreas mortas nas agulhas causam sua queda. Ocorre também a podridão de cones, apresentam manchas escuras e começam a apodrecer.

Sinais

Epidemiologia

A infecção é favorecida em ambientes quentes e úmidos, chuva frequente, alta umidade relativa e temperaturas moderadas.

Controle

O controle pode ser realizado através de práticas culturais eliminando galhos secos e frutos mumificados, controle químico e biológico e variedades resistentes.

• Cancrose

Caracterizada pela formação de cancros nos órgãos lenhosos da planta de qualquer idade.

Agente etiológico 

Albonectria rigidiuscula 

Sintomas

Observa-se áreas de tecidos dilatados em ramos mais desenvolvidos e troncos. Essas dilatações em ramos mais desenvolvidos e troncos. Essas dilatações podem ser vistas mais frequentemente nas axilas dos ramos. Com o tempo, aparecem rachaduras sobre essas áreas dilatadas que aumentam rapidamente de tamanho. Nos cancros, em estágio avançado, verifica-se que tanto a casca quanto o lenho encontram-se escurecidos, e a seiva que circula, consequentemente causando a morte da planta. 

Sinais

Epidemiologia

Estresses causados pela falta de recursos hídricos, atitude elevada, são fatores que favorecem  a incidência dessa doença.

Controle

É necessário manter as plantas adubadas e com tratos culturais apropriados, evitar estresses hídricos e controlar adequadamente as pragas, o controle quando já contaminado é feito com pulverizações de defensivos. 

• Ferrugem da pitanga

Uma das principais doenças da pitanga, afetando folhas e frutos. 

Agente etiológico 

Puccinia psidii 

Sintomas

Podem apresentar-se tanto em plantas jovens, ainda no viveiro ou em plantas adultas . O início da doença caracteriza-se pelo surgimento de pequenas pontuações amareladas, pulverulentas e que podem ser perfeitamente observadas nos tecidos jovens de folhas, ramos, botões florais e frutos. Com o passar do tempo as lesões coalescem, ocupando grandes porções do tecido vegetal, podendo ocorrer o encarquilhamento do ramo e a presença de lesões corticosas, onde antes era encontrada a massa pulverulenta de coloração amarelada. Nas folhas, as lesões são circulares de coloração marrom ou palha. Já em botões florais e frutos, onde os danos em geral são mais severos, acarretando na perda da produção.   

Sinais

Epidemiologia

O processo de infecção por parte do fungo ocorre em geral através dos urediniósporos, que necessitam condições de escuro, umidade relativa maior ou igual a 90% e temperaturas entre 18 e 25 ºC, após a infecção, as condições de umidade relativa não são mais necessárias e a temperatura ideal situa-se entre 20 e 25 ºC.

Ocorre com maior frequência durante o período chuvoso e próximo ou durante o florescimento e frutificação da planta. Em campo, é disseminado facilmente pelo vento e pela água de irrigação. A introdução do fungo em áreas livres da doença se dá através de sementes contaminadas. 

Controle

É necessário promover um melhor arejamento e insolação do pomar através de podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença. O controle pode ser por pulverizações de defensivos químicos. 

• Oídio do quiabeiro 

É a principal doença da cultura do quiabeiro, podendo causar redução na produção durante a seca do ano. 

Agente etiológico 

Erysiphe cichoracearum

Sintomas

O fungo coloniza ambas as faces da folha, começando pelas folhas mais velhas. É característica áreas esbranquiçadas irregulares sobre as folhas, ao longo da nervura principal. Com o desenvolvimento da doença, toda a superfície da folha pode ficar recoberta por micélio e conídios do fungo, branco e pulverulento. As folhas atacadas com um tempo ficam amarelas e caem, assim sendo a desfolha na planta. 

Sinais

Epidemiologia

Estações mais secas favorecem significativamente o fungo, tornando a doença mais importante no inverno. A disseminação dos esporos ocorre pelo vento. 

Controle

Como medidas preventivas, recomenda-se a rotação de culturas e manutenção da lavoura em bom estado nutricional. A única medida possível é o controle químico. Chuvas fortes e frequentes promovem a lavagem dos conídios da superfície das folhas. 

• Mofo cinzento

Este fungo ataca diversas espécies vegetais e em diversas fases de desenvolvimento, tanto vegetativo como reprodutivo, podendo atacar plantas novas bem como as flores e frutos das mesmas. É uma doença de pós-colheita mas não é de grande importância para a cultura do tomate. 

Agente etiológico 

Botrytis cinerea

Sintomas

Os órgãos afetados apresentam-se necrosados e com abundante mofo cinzento.

Sinais

Epidemiologia

São favorecidos quando o teor de umidade da semente está em torno de 25%. Quando as sementes se encontram com uma umidade próxima de 15% dificilmente ocorre a deterioração por este fungo. 

Controle

Pulverizações químicas normais da cultura controlam esta doença, deve-se usar usar sementes limpas e devidamente tratadas com fungicidas sistêmicos, plantar nas épocas de temperaturas mais altas e em áreas onde não são frequentes as neblinas, limitar o manuseio da plantação ao mínimo, visando evitar a ocorrência de danos mecânicos, que se constituem na entrada para o fungo.

• Murcha bacteriana

Bactéria gram negativa habitante do solo, afeta outras espécies, ataca um grande número de espécies vegetais pertencentes. 

Agente etiológico 

Ralstonia solanacearum

Sintomas

Um sintoma típico é a murcha rápida da planta de cima para baixo. A doença se manifesta em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, mas principalmente por ocasião da formação do primeiro cacho de frutos. Quando ocorre a infecção por ferimentos nas raízes, a bactéria se aloja nos vasos condutores de água, consequentemente “entupindo” o xilema e assim causando a murcha do topo da planta e posteriormente toda a planta murcha e ocorre a morte da planta.

Sinais

Epidemiologia

Essa doença ataca cultivares suscetíveis a ela e ambientes quentes e úmidos. 

Controle

Recomendam-se práticas culturais como rotação de culturas e uso de sementes livres da doença, controle eficaz da irrigação para evitar a disseminação via água, e manejo adequado do solo para reduzir a sobrevivência da bactéria. Além disso, medidas de quarentena e controle de pragas são importantes para conter a propagação. Em casos graves, tratamentos químicos podem ser necessários, mas a prevenção através da escolha de variedades resistentes e boas práticas agrícolas é a chave para mitigar os danos causados por essa doença bacteriana.

• Pinta bacteriana

Conhecida também como mancha bacteriana pequena ou pústulas bacterianas.    

Agente etiológico 

Pseudomonas syringae pv. Tomato

Sintomas

Os sintomas nas folhas se manifestam por lesões necróticas, irregulares ou circulares, de coloração pardo escura a preta na região abaxial dos folíolos, apresentando um grande halo amarelado. Posteriormente com a evolução da doença as lesões coalescem, causando o secamento dos folíolos. Nos caules e nos pedúnculos ocorrem com manchas escuras, provocando queda de flores e frutos. 

Sinais

Epidemiologia

Sua transmissão ocorre por via das sementes, as condições ótimas para bactéria é ambiente úmidos associados a temperaturas amenas. Essa doença se espalha rapidamente no campo por gotículas de água de chuva ou de irrigação.

Controle

Para o controle é recomendado plantar somente mudas sadias, produzidas a partir de sementes de boa qualidade. Realizar rotação de cultura com outras culturas que não sejam hospedeiras. Evitar plantios próximos a lavouras de tomate mais velhas. Realizar o manejo correto da irrigação do modo a evitar o excesso de água. O uso de fungicidas cúpricos e eventualmente antibióticos pode ser feito quando são utilizados cultivares não resistentes.

• Ferrugem da videira

A ferrugem asiática da videira é uma doença agressiva que exige diagnóstico rápido e preciso para prevenir prejuízos à produtividade e qualidade dos frutos.

Agente etiológico 

Phakopsora euvitis

Sintomas

A ferrugem provoca o aparecimento de pústulas amareladas com urediniósporos na superfície interior da folha e na superfície superior. Com o estágio avançado da doença pode ocorrer a desfolha precoce, o que leva a redução da produção, vigor da planta. Normalmente, as folhas mais velhas são as mais afetadas, esses leões podem ocorrer nos pecíolos, nos ráquis e nas brotações novas. 

Sinais

Epidemiologia

A temperatura ótima para a germinação dos esporos é de 24ºC com um mínimo de 8ºC e o máximo de 32ºC, a associação de temperatura alta e uma alta umidade pode dar início a epidemia da doença. 

Controle

O controle se dá pela utilização de cultivares resistentes e a realização de pulverizações com defensivos registrados para a cultura.